terça-feira, 12 de outubro de 2010

Erosão dentária aumenta entre crianças de 3 a 4 anos

 

Bol_2686_ADesgaste por erosão foi detectado em 51,6% das 967 crianças do estudo. A erosão dentária causada por ácidos gástricos ou presentes na dieta já atinge metade das crianças em idade pré-escolar, revela pesquisa da Faculdade de Odontologia (FO) da USP. O estudo da Cirurgiã-Dentista, Christiana Murakami, aponta um maior número de casos de erosão entre crianças com refluxo gastroesofágico e a ingestão frequente de sucos ácidos e refrigerantes como indicador de risco para a doença.
A pesquisa foi realizada com 967 crianças entre 3 e 4 anos, com a dentição decídua (não definitiva, conhecida como “dentes de leite”) completa, na cidade de Diadema (Grande São Paulo). “Em 51,6% dos participantes do estudo já havia desgaste patológico por erosão, sendo que a maioria das lesões erosivas encontrava-se em estágio inicial, acometendo o esmalte dos dentes”, conta a a Cirurgiã-Dentista. “Trata-se de um número alarmante, devido a pouca idade das crianças”.
De acordo com Christiana, a erosão dentária ainda é pouco conhecida no Brasil. “Muitos profissionais não sabem o diagnóstico preciso e o tratamento correto”, aponta. “A ocorrência de erosão tem aumentado entre crianças e jovens, inclusive em idade pré-escolar, associada à mudança de hábitos alimentares e a maior freqüência de distúrbios gastrointestinais”.
Por meio de entrevistas com os pais, foram verificadas os principais fatores associados à ocorrência de erosão. “Entre os fatores intrínsecos, verificou-se maior número de casos quando há refluxo gastroesofágico frequente relatado”, afirma a especialista. “Basta o refluxo chegar ao esôfago para alterar o pH salivar e a acidez afetar os dentes”.
Ácidos
Os principais fatores extrínsecos associados à erosão identificados pela pesquisa estão relacionados com a dieta. “O consumo de refrigerantes mais de duas vezes ao dia e o consumo de sucos ácidos nos dois dias anteriores ao levantamento mostram-se indicadores de risco da doença”, aponta Christiana. “Até mesmo um suco de frutas naturais, espremidas na hora, expõe os dentes aos malefícios dos ácidos”. O estudo faz parte da dissertação de mestrado da Cirurgiã-Dentista, defendida no último mês de dezembro e orientada pelo professor Marcelo José Strazzeri Bönecker, da FO.
Os sucos industrializados, muito consumidos pelos pré-escolares, apresentam maiores riscos, pois também possuem ácidos que são adicionados durante a elaboração do produto. Muitos pais sabem que os refrigerantes fazem mal para os dentes por causa do açúcar que causa a cárie, mas desconhecem os malefícios ácidos contidos nos mesmos e nos sucos artificiais como os de caixinha, em pó ou concentrados. “Uma das medidas de prevenção indicadas é restringir o consumo de bebidas ácidas e, quando for consumi-las, preferir bebidas geladas e ingeri-las com o uso correto de um canudo, posicionado na língua e não a frente dos dentes”.
Para a pesquisadora, os resultados da pesquisa reforçam a necessidade do diagnóstico precoce na prevenção da doença. “Como a erosão é um processo cumulativo, se for detectado desgaste patológico, é possível alertar pais e educadores sobre os riscos dos ácidos, especialmente aqueles presentes na dieta das crianças”, afirma.
Entre as providências que podem ser tomadas, a Cirurgiã-Dentista recomenda que as crianças não escovem os dentes imediatamente após a ingestão de sucos ácidos e refrigerantes, e em caso de vômito. “Como os ácidos ainda estão em contato com os dentes, amolecendo o seu esmalte, o uso da escova provocará abrasão e desgastará ainda mais o esmalte”, diz. “O ideal é esperar ao menos dez minutos e fazer um bochecho com água ou enxaguatório bucal neutro antes da escovação”.
Fonte: Agência USP
(reprodução)

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Substância do chá verde pode combater a erosão dentária


Erosão é causada principalmente por ácidos de origem não-bacteriana

A professora Marilia Afonso Rabelo Buzalaf, do Departamento de Ciências Biológicas, que coordena o estudo na FOB, explica que a MMP é ativada pelo pH ácido encontrado em alguns alimentos e líquidos consumidos. “Há uma grande redução na prevalência de cáries no Brasil e no mundo nos últimos anos, devido ao maior cuidado com a saúde bucal e utilização de fluoretos. Desta maneira, os dentes ficam na boca por mais tempo, tornando-se sujeitos a outros tipos de patologias, como a erosão dentária. Para isto contribui a mudança que tem havido nos hábitos alimentares da população. A erosão é causada principalmente por ácidos de origem não-bacteriana presentes em refrigerantes, sucos e frutas ácidas, além dos ácidos de origem gástrica”, descreve.
Uma das substâncias testadas pelos pesquisadores como inibidora de MMPs é a epigalocatequina galate (EGCG), um flavonoide que também é encontrado no chá verde. “Nos testes com a EGCG purificada, encontramos resultados um pouco melhores que aqueles obtidos para o chá verde”, destaca Marilia, ressaltando que esta substância encontrada no chá verde já é estudada há tempos para outras patologias, como o câncer, por exemplo.
(reprodução)

domingo, 26 de setembro de 2010

Erosão do esmalte

  • Nas suas primeiras fases, o desgaste dentário parece inofensivo. Contudo, ao progredir ele pode resultar na hipersensibilidade da dentina, perda da forma e da cor do dente e pode necessitar de uma intervenção restaurativa complexa. Muitas pessoas permanecem ainda alheias às consequências do desgaste dentário e desconhecem as medidas que podem ser tomadas para proteger os dentes deste processo lento e crônico.
 As dietas modernas incluem normalmente alimentos com muita acidez. A maior parte das frutas, sumos de fruta e bebidas carbonatadas (refrigerantes, energéticos, etc) – incluindo as variantes sem açúcar – têm um pH muito baixo, suficiente para amolecer e desmineralizar a superfície do esmalte até valores de pH de 5.5 aproximadamente ou inferiores, e a dentina valores de pH de 6.5 ou inferiores. O ácido amolece temporáriamente a superfície do esmalte. É um processo normalmente atenuado pela ação natural da saliva, devido à presença de cálcio, mas o contato frequente ou prolongado do ácido deixa pouco tempo para a remineralização. Neste estado enfraquecido, o esmalte está propenso ao desgaste da ação abrasiva da pasta de dente e da escovação. Os dentistas estão observando um aumento de lesões  não cariadas e outros sinais de erosão-abrasão que parecem estar ligados a este processo.

  • Reduzir ou eliminar o consumo de refrigerantes
  • Deixar de reter alimentos ácidos e bebidas ácidas na boca
  • Mascar pastilhas ou chicletes sem açúcar após uma refeição ácida, para estimular a saliva e proteger o esmalte
  • Esperar pelo menos uma hora, após o consumo de bebidas ou alimentos ácidos, até escovar os dentes
  • Escovar os dentes com uma escova macia, utilizando uma pasta pouco abrasiva e com muito flúor


Está provado que a maneira como as bebidas e alimentos ácidos são consumidos é mais importante que a quantidade. Dr David Bartlett, King's College London 2

domingo, 19 de setembro de 2010

Seja bem vindo!

Este blog foi criado para você tirar suas dúvidas com relação a tudo que se refere a saúde bucal. Meu desejo é trazer informações atualizadas sobre tratamentos dentários, higiene dental, doenças gengivais e tudo mais relacionado a saúde bucal. Teremos também o "mural do sorriso", onde colocaremos fotos de sorrisos mandadas por vocês. Seja bem vindo!